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segunda-feira, 2 de março de 2015

Poema 73

quando saí foi em busca de alguma coisa,
sei lá eu, uma nova musa, uma foda, o que viesse.
pode ser que seja essa blusa regata cinza
com essa logo do bar estampada no peito e
esses shorts jeans azuis e essa alça preta do sutiã exposta
e esse seu ar inocente? tem muito pouco de inocência e
de certeza não me ajudam a pensar.
se estou bêbado ou apaixonado já não diferencio
e sei bem dessa minha loucura e hábito de me apaixonar fácil,
mas tu puxa esses shorts pra cima e pra baixo e,
caralho, queria trocar de mãos com as tuas.
já te sou grato,
estava seco há meses das poesias, tanto
que me sentia um cara feliz, quase.
aqui estou, caneta e caderno,
ao som de um medley hispânico de Cypress Hill
que eu preferia não estar ouvindo

admirando teu rabo distante e nele achando silêncio e paz,
sonhando aquelas minhas obscenidades favoritas.

termino meu uísque e te peço outro
só pra que tu me inspire com seu sorriso
e, se eu for digno de tanto, outro sorriso
quando você vier me entregar outro copo cheio.
ah! como eu quero ser poeta maldito.
sua visão, meu paraíso, me é de grande auxílio,
minha garota de Ipanema aqui da decadente,
ó tão decadente,
mas pra mim tão amada e que um dia tornarei cult,
Hercílio Luz, Itajaí.
pois, por ti e tantas outras,
adoto essa cidade como minha.


Obs.: Por algum motivo diabólico o arquivo onde guardava todas minhas poesias sumiu do Google Drive. Nem tudo está perdido, não comemorem ainda, tenho algumas coisas no HD do computador, outras numa caderneta e, por sorte ou azar, não tenho produzido tanto em se tratando de poesia, então tudo que importa já está no blog. Só espero que não suma daqui também. Pode muito bem ter sido culpa minha esse sumiço, que inclui outros textos além das poesias, mas não faço ideia do que eu fiz ou de como recuperar. É a vida, eu acho. Coisas somem.

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