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terça-feira, 12 de março de 2013

Léon (O Profissional) - 1994


 
Ontem vi um filme que há muito tempo as pessoas me sugeriam, mas eu vivia ignorando - Busca Implacável (o primeiro, não a continuação). Assisti e, sinceramente, é um clichê de filmes de ação, até que divertido, mas nada além disso.
 
Nota: 3,5/5 
 
Fim da resenha? Não. Acontece que nos créditos de Busca Implacável, vi que o roteirista do filme é o Luc Besson e isso me deu vontade de assistir O Profissional de novo. Foi o que eu fiz - deve ser a terceira vez que eu vejo esse filme; mais que isso, só Poderoso Chefão que eu devo ter assistido 5 vezes o primeiro e 3 o segundo, e Pulp Fiction, que eu assisto religiosamente pelo menos uma vez ao ano, há mais ou menos 4 anos - sendo que, só no ano inicial dessa tradição, eu vi o filme 3 vezes.
 
A história já é bem conhecida. Mathilda (Natalie Portman), é uma garotinha de 12 anos, nascida em uma família perturbada e com um pai traficante de drogas. Um belo dia, o pai tenta enganar o Gary Oldman, que nesse filme atende por Stansfield (vilão mais porra-louca do cinema), e o cara vai até a casa dele, com toda uma equipe, pra passar o rodo em todo mundo. Mathilda, não estava em casa e consegue escapar, conseguindo abrigo com Léon (Jean Reno), um assassino muito foda. Os dois ficam amiguinhos e a Natalie Portman meio que vira uma aprendiz dele. E é tudo que você precisa saber sobre o filme, quer mais? Vá assisti-lo!
 
Não se trata de um filme de ação comum. É exagerado na violência (embora nem um pouco gráfico, na minha concepção) e muito fora da realidade, mas isso não é um problema. Ninguém assiste filmes de ação esperando que todas as leis da física sejam obedecidas. O que dá qualidade a um filme de ação é o que ele faz para impedir que os absurdos o tornem ridículos. Exemplos: qualidade na atuação, qualidade nos diálogos, enredo interessante e desenvolvimento de personagens. O Profissional tem todas essas qualidades.
 
Os atores principais - Jean Reno, Natalie Portman e Gary Oldman - são excelentes e executam seus papéis com perfeição. Léon é um assassino de juventude difícil, que não conhece nada além da morte e, portanto, não sabe se relacionar com ninguém. Mathilda reune a tristeza da infância perdida, com a inocência de uma criança e a violência da vingança de modo fascinante - talvez ela seja a melhor personagem. E Stansfield é um louco, drogado, psicopata, assassino de criancinhas. Todos têm um tempo de cena equilibrado e o devido desenvolvimento. As cenas entre o Léon e a Mathilda, que combinam a relação de pai e filho, irmão e irmã e até, para desespero de muitos, "amantes" - considerando que a Mathilda "se apaixona" por ele, feito uma criança encantada com um herói, e ele a rejeita, obviamente. Ainda assim, o público dos EUA exigiu que certas cenas entre os dois fossem cortadas. Eu entendo os motivos, só não acho que seja nada demais. O peso das cenas, que poderiam ser mais constrangedoras para determinados espectadores, são muito amenizados com humor e a inocência dos dois. Sim, dos dois. Em muitos momentos, Léon parece mais infantil que Mathilda e eles meio que trocam de lugar - são coisas assim que fazem o filme interessante.
 
É um ótimo filme, com ótimos personagens, ótimas linhas de diálogo e ótimas cenas de ação. Não é o melhor filme da história, mas, como já dizia o crítico Roger Ebert, "quando você pergunta a um amigo se Hellboy é um bom filme, você não está perguntando se é bom em comparação a Mystic River, você está perguntando se é bom em comparação a Punisher". Por isso eu digo, O Profissional é perfeito em comparação a outros filmes de ação e, portanto, recebe a nota máxima.
 
Nota: 5/5
 
 
 
 
 


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